LOJA PIRATININGA “A FIDELÍSSIMA” Nº 140 COMEMORA 172 ANOS EM GRANDE ESTILO

Na noite de 24 de agosto de 2022 o Venerável Mestre o irmão Osma Pereira Mchado Junior presidiu a Sessão Magna de Aniversário de 172 anos de aniversário da Loja Piratininga nº 140 “A Fidelíssima” , fundada em 28 de agosto de 1850. 

Nas comemorações tivemos a apresentação do Quarteto de Cordas que prestigiou a todos com um Recital de maravilhosas músicas clássicas.

Presentes na Sessão obreiros de Lojas Sesquicentenárias (mais de 150 anos) do GOB-SP, A∴R∴L∴S∴ Inteligência nº 014 do Oriente de Porto Feliz, a loja mais antiga do Estado fundada em 19 de agosto de 1831, A∴R∴L∴S∴ Amizade nº 141 “A Pioneira” do Oriente de São Paulo fundada em 13 de maio de 1832,  A∴R∴L∴S∴ Caridade III nº 294 do Oriente de Tatuí fundada em 12 de agosto de 1833, A∴R∴L∴S∴ Ypiranga nº 083 do Oriente de São Paulo fundada em 15 de junho de 1847, A∴R∴L∴S∴ Fraternidade de Santos nº 132  do Oriente de Santos fundada em 05 de janeiro de 1853, A∴R∴L∴S∴ Independência nº 131 do Oriente de Campinas fundada em 23 de novembro de 1867, A∴R∴L∴S∴ Perseverança III nº 199 do Oriente de Sorocaba fundada em 31 de julho de 1869,  A∴R∴L∴S∴ Trabalho nº 0238 do Oriente de Amparo fundada em 18 de agosto de 1872 e logicamente a A∴R∴L∴S∴ Piratininga nº 140 “A Fidelíssima” do Oriente de São Paulo fundada em 28 de agosto de 1850.

A Loja Piratininga recebeu homenagens das Lojas Sesquicentenárias Ypiranga nº 083, Amizade nº 141 “A Pioneira”, Fraternidade de Santos nº 132 e do Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 Para Rito Escocês Antigo e Aceito.

Assistam os vídeos abaixo com uma apresentação do Quarteto de Cordas e o pronunciamento do Eminente Ir∴ Gerson Magdaleno Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil de São Paulo:

Apresentação do Quarteto de Cordas

Pronunciamento do Grão-Mestre Eminente Irmão Gerson Magdaleno

Numa “egrégora maravilhosa”, a Sessão foi abrilhantada por diversas Autoridades Maçônicas das três Potências Regulares e Reconhecidas do Estado de São Paulo, Veneráveis Mestres, Mestres, Companheiros e Aprendizes de Lojas de vários Orientes do Estado.

UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

Nenhuma instituição que completa 172 anos de atividade ininterrupta como a Loja Piratininga, aparece por acaso.

Por isso, é importante posicionar no tempo e no espaço o fato ocorrido na noite de 28 de agosto de 1850.

No Templo da Loja Amizade, situado na Rua Tabatinguera nesta data, nascia oficialmente a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Piratininga.

Lógico que, bem antes, a ideia da fundação de uma Loja Maçônica vinha sendo elaborada pelos 23 homens que estiveram presentes ao evento.

Um deles, justamente aquele que presidiu a Sessão, era o engenheiro Dr. Francisco Joaquim Catete, que no final do mesmo ano, transferiu-se para o Rio de Janeiro e mais tarde, foi um dos responsáveis pela construção do Palácio do Catete, sede do governo republicano brasileiro durante anos, até a sua transferência para Brasília.

O ato de regularização de novos membros ocorreu no mês seguinte, em 4 de setembro, quando foram realizadas as eleições e a posse da primeira diretoria da Piratininga. Nesta sessão houve o registro de 41 participantes.

Em 8 de outubro, chegava no porto de Santos, o documento conhecido nos meios maçônicos com “Carta Constitutiva” assinada por Luís Alves de Lima e Silva, que na época ostentava o título de Conde de Caxias, Grão Mestre do Grande Oriente Brasileiro, atual Grande Oriente do Brasil.

Este documento histórico, cuja cópia fotográfica é exibida na mesa do Venerável Mestre, é preservado cuidadosamente, como os demais documentos históricos pertencentes ao nosso acervo e tem sido fonte de consulta e elaboração de teses de pesquisadores da história de nosso país, selou uma relação de fidelidade perene, que culminou com a concessão de ostentarmos o título de “A FIDELÍSSIMA” aposto ao seu título oficial.

Com ideologia abolicionista e, coincidindo com a promulgação da Lei Euzébio Matoso, que proibia o tráfico de escravos em território brasileiro, desde logo, seus membros passaram a combater de forma filosófica e física, a existência do trabalho escravo. Abolicionistas diversos se aglutinaram em nossas fileiras, figurando entre eles Antônio Bento, continuador da obra de Luís Gama e outros.

Na 15ª sessão, ocorrida em outubro de 1850, foi aprovada, como condição para a admissão na Loja, que o candidato não “estivesse ligado ao comércio de carne humana” e, mais tarde, decidiu-se que os membros da Loja Piratininga que fosse senhor de escravos, teria um prazo para substituir os mesmos por mão de obra não escrava ou seriam excluídos de nossos quadros.

É importante falarmos um pouco sobre o Barão de Ramalho, nosso primeiro venerável eleito e que ocupou este posto durante 50 anos.

Joaquim Ignácio Ramalho nasceu a 6 de janeiro de 1809, bacharel em direito em 1836 pela Universidade de São Paulo, onde foi lente em Filosofia Racional e posteriormente Diretor desta instituição, cargo que ocupou até o fim de sua vida.

Cidadão proeminente na sociedade paulistana, foi encarregado de tornar realidade o monumento de São Paulo em homenagem à Proclamação da Independência, obra esta iniciada várias vezes, mas nunca materializada por falta ou desvio de verbas.

Sob sua administração, em 1880 e 1881, foi criada a loteria conhecida como “Grandes Loterias do Monumento do Ipiranga” que passaram a gerar recursos e tornaram realidade o Palácio do Ipiranga, sede do Museu Paulista, que será reinaugurado no próximo mês de setembro, em comemoração aos 200 anos da proclamação de independência. A ele, São Paulo deve a concretização deste sonho.

Tantos são os fatos ligando a Loja Piratininga à história de São Paulo e mesmo do Brasil, que por ocasião da comemoração de 150 anos, o historiador José Castelani escreveu um livro de mais de 500 páginas, cuidando deste assunto.

Viva a Loja Piratininga, a Loja Maçônica Tradição de São Paulo!

São Paulo, 26 de agosto de 2022

Publicação: Secretaria de Comunicação e Informática do Grande Oriente do Brasil de São Paulo

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